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Performance/intervenção urbana realizada em árvores localizadas em regiões centrais de cidades. A ação consiste em tramar, ao redor do tronco e dos galhos, dezenas de metros de um fio de malha branco. Após a construção dessa teia, a performer permanece cerca de oito horas sobre a árvore.

Pendurada entre os galhos, encontra-se uma bolsa feita do mesmo fio, contendo frutas, um reprodutor de músicas e um livro — elementos que podem ser usados ou não, durante a permanência. Ação se encerra ao pôr do sol, quando a performer desce da árvore e a trama permanece na paisagem, marcando o vestígio da ação.

Essa cisão na rotina urbana provoca diferentes reações nos passantes, que podem se aproximar, interagir ou simplesmente observar. O gesto abre um espaço de fabulação e especulação sobre a presença dos fios e da figura que os teceu, inferindo outros modos de perceber a cidade.

 

Hominidae foi realizado nas cidades de Uberlândia, Curitiba, Maceió, São Paulo e Natal. A performance também compôs o último capítulo da dissertação de mestrado da artista, defendida no Programa de Pós-Graduação em Dança da UFBA, em Salvador, sob o título: Arte como modo de existência: uma trama entre práticas filosófico-artísticas, cuidados do corpo e procedimentos em dança contemporânea.

 

2010-2012

FICHA TÉCNICA

Hominidae

Criação e performance:

Ricarda Alvarenga

Fotografias:

Thiago Carvalho e Ana Reis

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